Nesta semana, mais precisamente no dia 22 de Outubro parte dos professores do Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) juntamente com a atual reitora da universidade Maria Lúcia Cavelli Neder declararam apoio a candidatura de Dilma Rousseff , candidata à presidência da república pelo Partido dos Trabalhadores (PT) e que concorre diretamente nesse segundo turno com o candidato pelo PSDB José Serra..
Assinaram o manifesto Pró Dilma 46 professores do Instituto de Educação. Entre eles estão: Manoel Francisco de Vasconcelos Motta, Maria Benicio Rodrigues, Maria Aparecida Morgado, Silas Borges Monteiro, Paulo Speller,Artemis Augusta Mota Torres, Antonio Luiz do Nascimento, a atual reitora Maria Lúcia Cavalli Neder, entre outros professores do departamento.
Eles defendem a candidatura de Dilma Rousseff em contraposição ao projeto PSDB/Serra, afirmando os prejuízos que as instituições federais terão se Serra for eleito, prejuízos estes que as Universidades Federais sofreram durante o governo de FHC.
Abaixo segue então o manisfesto escrito e defendido pelos professores do Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso.
Manifesto Pró Dilma Rousseff dos Docentes do Instituto de educação - IE/UFMT
Nós, professores do Instituto de Educação, abaixo assinados, nos posicionamos a favor da candidatura de Dilma Rousseff à presidente da República, por entender que o projeto PSDB/Serra terá sérios prejuízos às instituições federais de ensino e às conquistas conseguidas através de muitas lutas pela comunidade universitária. No governo PSDB/FHC, tendo Serra como seu ministro de planejamento e de Saúde, as Universidades Federais, viveram situações de precariedade, com parcos recursos orçamentários. A ausência de concurso público para a contratação de professores inchou as instituições com professores substitutos, situação vivida pelo IE de forma extrema. o que se repetiu em relação à contratação de técnicos administrativos, prejudicando o andamento das atividades acadêmicas e administrativas. Promoveu uma política de achatamento salarial dos profissionais de educação, provocando aposentadorias precoces e estimulando demissões que se revelaram perversas pelo Programa de Demissão Voluntária (PDV). Faltaram salas de aula, pois não contávamos com recursos para a construção de espaços físicos necessários às demandas institucionais. A não ampliação do corpo docente em caráter efetivo resultava em prejuízo para a vida acadêmica tanto para a graduação como para a pós-graduação. O sucateamento das Universidades Federais era visível.
Nos oito anos de governo Lula, a priorização da educação se verifica na criação de 14 novas Universidades Federais, na ampliação, em mais de 150%, do número de escolas técnicas federais, totalizando 354. Na promoção de abertura para concursos públicos para a contratação de professores e técnico-administrativos, no aumento de recursos orçamentários, na ampliação do espaço físico com a construção de novos prédios, criação de novos cursos de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da educação. Além do PROUNI, é perceptível que a política de bolsas fomenta diferentes atividades da vida acadêmica estudantil. A ampliação dos recursos para a Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) fomenta o desenvolvimento da pesquisa, que agora conta com a garantia dos recursos do Pré-sal.
Entretanto, muito ainda se tem a fazer, daí a importância da eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República, em contraposição ao projeto PSDB/Serra que, enquanto ministro de FHC, liderou uma política econômica centrada nas privatizações, seguindo as normas do Consenso de Washington, encolhendo o estado e desregulamentando os fluxos financeiros, obedecendo à ortodoxia neoliberal, o que resultou na mercantilização da visa social, aumentando a exclusão na sociedade brasileira, com uma história já marcada por privilégios de pequenos grupos sociais. Além disto, neste momento de escolha do futuro presidente de País, contribui para o enfraquecimento do processo democrático da sociedade brasileira, ao trazer para o campo do debate político questões e preconceitos que fomentaram a intolerância, a descriminação e o preconceito, inclusive contra aqueles que lutaram pela democracia, em oposição corajosa à ditadura militar, como é o caso de Dilma Rousseff.
Cuiabá, 22 e Outubro de 2010.